"L'Auberge espagnole"


Lembrei-me agora de um filme que vi há algum tempo, já velhinho, de 2002, de Cédric Klapisch, "Residência Espanhola". Para os que não viram, recomendo. Momentos na vida de um um jovem estudante francês que viaja para Barcelona.
Apenas para lembrar e me lembrar que há muito ainda por viver, conhecer, amar e voar...
Apenas o começo... ainda que pareça o fim... not the end... but... once upon in time...

Um post em homenagem a Cecília... e a mim também...

"...Liberdade, essa palavra
que o sonho humano alimenta
que não há ninguém que explique
e ninguém que não entenda..."

Talvez sejam estes alguns dos versos mais famosos de Cecília Meireles, poetisa, nasceu em 1901, no Rio de Janeiro.
Mas há muito mais neste mundo de Deus que também não se explica... e tampouco se entende...

Eu não tinha este rosto de hoje, assim calmo, assim magro, assim triste,
nem estes olhos tão vazios nem o lábio amargo.
Eu não tinha estas mãos sem força, tão paradas e frias e mortas;

eu não tinha este coração que nem se mostra.
Eu não dei por esta mudança, tão simples, tão certa, tão fácil:

- Em que espelho ficou perdida a minha face?

Sim, meus olhos já foram mais felizes frente a este mesmo rio... em que espelho d´água ficou perdida a minha face?
"Eu finjo ter paciência" escutei hoje Lenine... aliás, outra coisa que não entendo ou conheço... a paciência... alguém me explica?!

Eu "não" sei...

Sexo verbal não faz meu estilo
Palavras são erros e os erros são seus
Não quero lembrar que eu erro também

Um dia pretendo tentar descobrir
Porque é mais forte quem sabe mentir
Não quero lembrar que eu minto também

Eu sei

Feche a porta do seu quarto
Porque se toca o telefone pode ser alguém
Com quem você quer falar
Por horas e horas e horas

A noite acabou, talvez tenhamos que fugir sem você
Mas não, não vá agora, quero honras e promessas
Lembranças e estórias

Somos pássaro novo longe do ninho...

Renato Russo

O Nosso Dever de Falar

Entre nós e as palavras,...

« Ao longo da muralha que habitamos
Há palavras de vida há palavras de morte
Há palavras imensas,que esperam por nós
E outras frágeis,que deixaram de esperar
Há palavras acesas como barcos
E há palavras homens,palavras que guardam
O seu segredo e a sua posição

E há palavras e nocturnas palavras gemidos
Palavras que nos sobem ilegíveis
À boca
Palavras diamantes palavras nunca escritas
Palavras impossíveis de escrever
Por não termos connosco cordas de violinos
Nem todo o sangue do mundo nem todo o amplexo do ar
E os braços dos amantes escrevem muito alto
Muito além da azul onde oxidados morrem
Palavras maternais só sombra só soluço
Só espasmos só amor só solidão desfeita

Entre nós e as palavras, os emparedados
E entre nós e as palavras, o nosso dever falar.»

Mário Cesariny

Causo Mineiro...

"Os diferentes sotaques presentes na lingua brasileira é que fazem a grande riqueza deste País!"