Esclarecendo alguns conceitos...

"Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas"

Até hoje, acho que não havia compreendido muito bem o significado desta frase do livro "O Pequeno Príncipe", de Saint-Exupéry.

Porém, conversando com um amigo, relembrei alguns conceitos que já havia estudado na faculdade mas que, no entanto, havia esquecido... O primeiro deles, e é para ele que vou voltar Os Meus Pensamentos agora, é: "A liberdade e a responsabilidade estão intimamente ligadas".

Sem liberdade não se aprende a ser responsável e se temos liberdade sem responsabilidade, caímos na libertinagem.

Somos livres para fazermos o que queremos mas temos sim que sermos responsáveis pelas nossas atitudes. O que se passa é que, actualmente, as pessoas querem ter liberdade para fazerem o que lhes der na cabeça, mas não querem ser responsabilizadas pelos os seus actos.

As relações estão cada vez mais liberais e as pessoas esquecem que são responsáveis pelos sentimentos que provocam nos outros. Assim, quando uma pessoa tenta ter uma relação liberal (aberta, sem grandes compromissos) mas, ao mesmo, é responsável e, por isso, se preocupa com o sentimento que pode vir a despertar no outro, o peso dessa responsabilidade pode fazer com que essa pessoa prefira deixar de ter essa relação.

É por isso que eu respeito muito o homem que se propõe a ter esse tipo de relação mas não consegue devido ao seu senso de responsabilidade.

O único problema é se esse homem não se encontra preparado para ter um relacionamento liberal mas também não está preparado para assumir um compromisso mais sério, então ele não está preparado para ter nenhum tipo de relacionamento. E isso é muito triste... É muito triste não estarmos disponíveis para amar e sermos amados... Aliás, ví um filme esses dias que retrata precisamente isto... "Disponível para Amar".

O amor é algo que nasce aos poucos... É diferente da paixão... A paixão é um rompante que não se sustenta por si só. Já, o amor é um sentimento que vai crescendo a cada encontro, a cada momento de partilha, a cada beijo, a cada toque, enfim... por isso temos que estar preparados para participar nesse processo de contrução. É lógico que no início de qualquer relação é difícil definirmos o que sentimos... mas se estamos disponíveis para descobrir os nossos sentimentos, aos poucos ele irá aparecer... O triste é quando, por medo de nos magoarmos e de magoarmos o próximo, barramos qualquer possibilidade de descobrirmos o que estamos a sentir ou o que podemos vir a sentir...