Um post em homenagem a Cecília... e a mim também...

"...Liberdade, essa palavra
que o sonho humano alimenta
que não há ninguém que explique
e ninguém que não entenda..."

Talvez sejam estes alguns dos versos mais famosos de Cecília Meireles, poetisa, nasceu em 1901, no Rio de Janeiro.
Mas há muito mais neste mundo de Deus que também não se explica... e tampouco se entende...

Eu não tinha este rosto de hoje, assim calmo, assim magro, assim triste,
nem estes olhos tão vazios nem o lábio amargo.
Eu não tinha estas mãos sem força, tão paradas e frias e mortas;

eu não tinha este coração que nem se mostra.
Eu não dei por esta mudança, tão simples, tão certa, tão fácil:

- Em que espelho ficou perdida a minha face?

Sim, meus olhos já foram mais felizes frente a este mesmo rio... em que espelho d´água ficou perdida a minha face?
"Eu finjo ter paciência" escutei hoje Lenine... aliás, outra coisa que não entendo ou conheço... a paciência... alguém me explica?!

2 comentários:

ferchuemLisboa disse...

há coisas que não se explicam, se sentem ou não, há coisas que se explicam, porque são matematicas... e a vida é mais que a matematica, a vida acaba por ser os nossos sentimentos, as nossas ideias, os nossos afectos... afinal o Descartes e seu dilema da modernidade não foi por acaso.... que será amar, será que existe a felicidade o as duas coisas são instantes, eternos, mas instantes...

Reflexo disse...

A tua face não ficou perdida em nenhum espelho... apenas em alguns dias não a sentes reflectida.
O reflexo existe é o mesmo está apenas mais esbatido.
beijo