A minha relacção com as chamadas "doenças do foro psíquico" sempre foi muito saudável. Aprendi a lidar com a depressão desde cedo, como lidamos com outra doença qualquer. Aliás, eu acho mesmo que a depressão é como uma dor crónica, que umas vezes está melhor, outras vezes pior; que uma vezes parece que foi embora, mas depois volta; enfim... é como uma dor de cabeça! Nunca sabemos quando a vamos ter, mas que, ao longo da vida, vamos ter, isto é (utilizando uma expressão tipicamente portuguesa) "certinho como o destino"!
Por isso, quando a dor aparece, e começa a nos incomodar, penso que devemos, o quanto antes, tomar um "remedinho". O problema é que, quando estamos bem, e a dor aparece subitamente, temos a tendência de querer evitar tomar o tal "remedinho" e esperar que a dor desapareça da mesma forma com que apareceu... E é aí que, por vezes, podemos cometer o mais grave dos erros, pois, se ao invés da dor desaparecer, ela aumentar, a dose de remédio que teremos de tomar terá de ser muito maior! Portanto, ao primeiro sinal da dor de cabeça, tome logo um "remedinho"!
Mas este "remedinho" deve ser sempre indicado por um médico! Nada de se auto-medicarem! Ainda mais quando se trata da nossa cabeça! Por vezes podemos incorrer no erro de acharmos que estamos deprimidas e, no entanto, não passar de um momento de tristeza e/ou frustação... Para quem sofre de depressão, é muito difícil diferenciar estes dois "estados de alma"... Por isso, neste caso, a intervenção de um especialista é fundamental!
Por exemplo, chorar copiosamente ao ver o último episódio da série "Sex in the City" configura um estado de depressão? Segundo um especialista da área, "Não necessariamente. A pessoa pode simplesmente estar a passar por um momento de tristeza ou frustação na sua vida!" Por isso, neste caso, o "remedinho" pode ser outro... Talvez um exercício terapeutico que nos ensine a lidar melhor com os momentos de tristeza e/ou frustação, seja o mais adequado...
Uma vez, uma grande amiga me disse: "Eu acho que você é um talento desperdiçado!" Isso, por si só, poderia provocar em mim uma certa frustação... Mas vejamos, se eu sou "um talento" e não sabem tirar proveito disto, então, a culpa não é minha! Logo, não tenho motivo para ficar frustada e/ou, muito menos, deprimida! Tenho é que ficar feliz com esse elogio! :) Obrigada amiga!
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