Recordação "diet"


Dando asas a minha veia nostalgica dos últimos tempos, continuarei a recordar!

Desta vez, lembraram-me que, na mesma época em que eu cheguei a vender os já aqui referido "Cookies do John", vendia também, para quem estava preocupado em "manter a linha" (ou seja, a maioria da população brasileira), as minhas famosas "Bolachinhas diet"! Uma das fãs destas minhas bolachas era uma estilista muito conhecida em Campinas, a Luzimar Coutinho, que, por acaso era minha vizinha, e encomendou, muitas vezes, as minhas bolachinhas! Também nunca mais tive notícias da Luzimar... Mas, andei pesquisando pela Net, e descobri que ela continua activa e a fazer muito sucesso!

Ainda recordando...

Quando eu estava no 3º colegial (o equivalente ao 12º ano, em Portugal) tinha um aluno norte-americano, na minha sala, que estava a fazer uma espécie de intercâmbio. O nome dele era John.
Quando as aulas acabaram, e ele voltou para os Estados Unidos, eu nunca mais soube nada do John... Porém, uma coisa ele deixou para sempre: A famosa receita do verdadeiro cookie norte-americano, "Os Cookies do John"! Nesta mesma época comecei a fazer e a vender os "Cookies do Jonh"... Cheguei a vender até para a Prefeitura (Câmara) Municipal de Campinas! Mas depois, vim para Portugal, e confesso que nunca mais fiz esta receita... Hoje, porém, resolvi voltar a fazê-la, e, como se costuma dizer, acho que "não perdi a mão"! São, de facto, os melhores cookies que já comi!

Se recordar é viver...

Então vamos viver!
Estava a recordar os primeiros textos que escrevi, logo quando comecei a trabalhar como jornalista, e me dei conta de que, nesta época, ainda não haviam "blogs", ou, se haviam, eu ainda não os conhecia... Não faz tanto tempo assim, mas, basta dizer que me licenciei em 1996 e que o "Laboratório de Jornalismo" da Pontifícia Universidade Católica de Campinas - PUCCAMP - São Paulo/ Brasil, ainda era composto por "máquinas de escrever"! Não havia computadores, e muito menos Internet! E a Internet também não era um local de partilha como é hoje... Não tínhamos por hábito guardar nossos textos em formato digital... Aliás, o jornal para o qual eu trabalhava (Jornal Integração, de Barão Geraldo) nem edição on line tinha! Hoje, através de pesquisas pela Internet, desobri que, felizmente, já tem!
Mas como não tenho os textos que fiz para este jornal, em formato digital, encontrei uma maneira de "imortalizar" alguns deles, que, em papel, certamente irão se perder com o tempo... Quem quiser recordar... aqui estão!

O Universo dos Hospitais invade a TV!

Já repararam como existem séries televisivas que falam sobre o universo dos hospitais?

Assim, rapidamente, eu consigo lembrar de: "Anatomia de Grey" (Grey's Anatomy), “Clínica Privada” (Private Practice), “Dr. House”, “Serviço de Urgência” (ER - conhecida no Brasil como "Plantão Médico") , “Médicos e Estagiários” (Scrubs), "Three Rives", "Mercy", “Trauma”, e por aí vai… Isto me leva a crer que, tanta oferta só pode significar que existe audiência! Logo, não há dúvidas: As pessoas querem mesmo ver o que se passa neste universo!

Mas... a pergunta que não quer calar é: Por quê? Será que estamos a viver uma espécie de hipocondria colectiva, ou devo dizer sadismo público?

Será que as pessoas querem “dicas” para as suas próprias doenças (um tipo de auto-medicação), ou será que existe um certo “prazer” em ver os outros sofrerem (do género, “antes ele do que eu!”)? Ou ainda, será que as pessoas gostam de ver aqueles que conseguiram sobreviver (uma espécie de, “Sempre há uma esperança!”)?

É claro que, a par do tema principal, todas estas séries, em maior ou menor grau, falam de outros assuntos, como as relações pessoais, os conflitos psicológicos pelos os quais todo ser humano, em determinado momento da sua vida, passa... enfim... mas, mesmo assim, e apesar de se tratar de “séries” (ficção que, normalmente, acabam com finais felizes), não é de se esperar que, tendo como "pano de fundo" o universo dos hospitais, os finais destas séries sejam muito felizes…

Isso me leva à mais uma pergunta: Será que as pessoas não estão mais a espera de um “happy end”?

Tempo para ser mulher!

Eu não sei se todas as mulheres passam pelo que o eu passo para... "Ser Mulher"! Porque, para "Ser Mulher", não basta nascer mulher... mas temos que nos manter "Mulher"! E isto, não é uma tarefa nada fácil!

Quando eu digo "Ser Mulher", quero dizer, ser aquilo que (pelo menos na sociedade onde vivo) espera-se de uma mulher, ou seja, estarmos sempre depiladas, com o cabelo bonito, com as unhas dos pés e das mãos tratadas, de preferência magras, ou, pelo menos, sem celulite, com o corpo tonificado, com a pele cuidada, e, para além de tudo isso, sermos boas profissionais e boas donas de casa!

Ora, se eu, que no momento sou freelancer, perco dias cuidando da aparência, como é possível uma mulher que trabalha fora de casa (e quando chega, ainda ter que limpar, passar, cozinhar e cuidar do marido e dos filhos), arrumar tempo para fazer depilação (e isto implica não só depilar as pernas e as axilas, mas também tirar buço, sobrancelhas e etc); fazer as unhas e, o mais difícil, manter o esmalte (verniz) nelas; ter uma alimentação equilibrada; fazer algum tipo de exercício físico; cuidar dos cabelos (e isso implica em tingir os cabelos brancos, dar banho de hidratação para eles não ficarem ressacados por causa da tinta, e, para aquelas que têm o cabelo com muito volume, secar de forma a tirar o volume, e, para aquelas que têm o cabelo com pouco volume, secá-lo de forma a que este adquira mais volume)? Como isto é possível? Das duas, uma: Ou, quando eu trabalhava "full time", não era "Mulher", ou era uma "Super-Mulher"!

24 Horas é muito pouco para fazermos tudo isso... Se fizéssemos tudo num único dia, perderíamos o dia, e, ainda assim, duvido que conseguiríamos fazer tudo! Sem contar que, não podemos esperar que todos os pêlos do nosso corpo cresçam ao mesmo tempo! Logo, as depilações não poderiam ser feitas, todas, no mesmo dia.

Se, entretanto, dividíssemos as tarefas, teríamos, por exemplo:

- Segunda-feira: “Hidratar o cabelo, tirar o buço e as sobrancelhas; Fazer ginástica e pensar na alimentação”;
- Terça-feira: “Depilar as axilas; Fazer ginástica e pensar na alimentação”;
- Quarta-feira: “Depilar as pernas; Fazer ginástica e pensar na alimentação”;
- Quinta-feira: “Fazer as unhas dos pés; Fazer ginástica e pensar na alimentação”;
- Sexta-feira: “Fazer as unhas das mãos; Fazer ginástica e pensar na alimentação”;
- Sábado e Domingo – “Estar bonita para o fim-de-semana!” (Porém, é provável que no Sábado, o cabelo que foi hidratado na Segunda já esteja seco e que o buço e as sobrancelhas já tenham crescido!)

É realmente impressionante o tempo que perdemos para cuidar da aparência... Mas ai de nós se não nos cuidamos!
Uma mulher com os cabelos grisalhos é considerada "relaxada" (diferentemente do homem que, com os cabelos grisalhos, é considerado "sexy"). Nunca ninguém pensa que, talvez, essa "coitada", que trabalha dentro e fora de casa, possa não ter nem tempo, nem dinheiro, e nem mais paciência, para ter que, ainda, cuidar da aparência!

Festa Junina (Brasil) X Festas dos Santos Populares (Portugal)

Penso que todos sabem que foram os portugueses que levaram para o Brasil a chamada "Festa Junina". Festas que acontecem no mês de Junho. E porquê Junho? Porque, em Portugal, comemora-se em Junho as chamadas Festas dos Santos Populares: Santo António, São João e São Pedro.

Também em Portugal, nesta época do ano, é verão (ou pelo menos costuma ser) e as pessoas saem às ruas para se divertirem (como fazemos na época do carnaval, no Brasil), fantasiadas para desfilarem ao som das chamadas "marchas populares" (que penso que originaram as nossas "quadrilhas") na Avenida da Liberdade, em Lisboa. No Porto, as pessoas também saem às ruas com aqueles martelinhos de plástico (irritantes!) que também costumamos usar no carnaval. Penso que é por isso que nas nossas Festas Juninas também costumamos ir com uma espécie de "fantasia".

Santo António é o padroeiro de Lisboa e, por isso, a grande festa acontece na noite do dia 12 para o dia 13 de Junho (Dia de Santo António). Já, no Porto, como o pedroeiro é São João, a grande festa acontece na noite do dia 23 para o dia 24 de Junho (Dia de São João). Mas os três santos são padroeiros das diversas cidades espalhadas de norte a sul de Portugal, e, por isso, há festas durante todo o mês.

Neste mês, em Julho e em Agosto, Portugal é marcado pelas festas e feiras que se dão no país, devido ao verão. Todas estas festas me fazem lembrar a nossa Festa Junina, pois nelas encontramos barraquinhas com brincadeiras estilo "tiro ao alvo", "pescaria", e etc, tão comuns nas nossas festas.

Quanto a alimentação, enquanto em Portugal, aposta-se na sardinha assada, no chouriço (nossa linguiça) e nas febras (carne de porco), no Brasil adaptamos para "cachorro quente" e churrasco!

Também na bebida acaba por ser diferente: Enquanto em Portugal, por causa do calor, bebem-se litros e litros de cerveja, no Brasil, por causa do frio, bebem-se vinho quente (uma espécie de sangria quente) e quentão (uma bebida, também quente, feita com cachaça e gengibre).


Quanto aos doces, é engraçado porque, em Portugal não vejo muitos doces típicos... nas festas e feiras costumam sempre haver churros e as chamadas "farturas" (que na realidade são a massa dos churros, sem recheio, passada por açucar e canela), pipoca, algodão doce e maça do amor. Mas, no Brasil, para além destes, são infinitos os doces típicos que encontramos: doce de batata doce, doce de batata roxa, doce de abóbora, pé de moleque, paçoquinha, cocada, canjica, bolo de milho, enfim... tudo com influência muito portuguesa, mas adaptado a realidade brasileira.

No Brasil também, por causa do clima, costumamos "pular a fogueira"! E outra actividade também muito típica, é subir o "pau de sebo"! Quem consegue chegar ao topo, sem escorregar, ganha um prémio!


Em Portugal, algo muito típico é oferecer um "manjerico" (uma planta) com uma quadra para alguém que gostamos...


Acho as duas festas muito legais e acho que todos deveriam conhecê-las... Sinto saudades de ir numa boa Festa Junina no Brasil! Mas estive, recentemente, na Festa de Santo António, em Tires, São Domingos de Rana, em Cascais (que começou no dia 5 de Junho e vai até ao dia 13), e, para além de tomar caipinha e comer churros recheado com doce de leite, assisti ao concerto do Iran Costa, um brasileiro só conhecido em Portugal, que canta músicas como "É o bicho", do Ricardo Chaves, e "Melô do Tchan", do grupo Gera Samba. Enfim, uma festa luso-brasileira!

Leituras inacabadas...

Cresci ouvindo a minha mãe dizer que nunca devemos começar a ler um livro e parar no meio do caminho. Portanto, sempre procurei fazer isto, mesmo que estivesse a achar o livro um saco!

Penso que, quando somos crianças, isto é positivo, pois é uma forma de fazermos até ao fim tudo aquilo que começamos. Não sou psicóloga, mas me parece que o intuito disto é nos preparar para enfrentar as adversidades da vida, sem desistirmos perante as dificuldades que irão surgir. Além disso, quanto mais lemos, mais exercitamos a nossa capacidade crítica e nos preparamos para discernir aquilo que gostamos daquilo que não gostamos.

Hoje, aos 36 anos, acho que já tenho discernimento o suficiente para saber que se determinados livros não estão a me dizer nada, para que vou perder tempo lendo-os até ao fim? Podem ser livros de autores conceituados, obras-primas, best sellers, mas que, se a mim, não dizem nada, porque eu tenho de os ler até ao fim? Só se for para criticar! Mas como não tenciono ser crítica literária, acho que não vale a pena… Mesmo se os lesse, e depois os criticasse, poderia até ser “condenada” por avaliar negativamente uma obra-prima! Então, neste caso, melhor parar de ler no meio do caminho mesmo!

As vezes somos induzidos a ler determinadas coisas que o nosso meio sociocultural diz que temos que ler e, sobretudo, gostar! Somos levados a achar bom, aquilo que a sociedade nos diz que é bom, sob pena de sermos considerados “ignorantes”. Eu sempre gostei de ler e, na época em que tirei a minha licenciatura, comprava um monte de livros indicados pelos professores. Aqueles que eu conseguia ler, muitos deles, não me diziam rigorosamente nada! Mas como eu poderia dizer isso, se foram indicados pelos professores? Confesso que, até hoje, tenho um certo pudor em dizer quais os livros que parei de ler no meio do caminho!

Portanto, hoje, considero que livros e filmes são coisas susceptíveis de sentimentos muito particulares em cada um de nós. As leituras que fazemos dos livros e dos filmes não poderiam ser mais subjectivas e pessoais. Deste modo, se você começar a ler um livro e estiver a achar um saco, pare de perder tempo e deixe de ler! Vá a procura de algo que, realmente, lhe dê prazer! A vida é muito curta para perdemos tempo com algo que não nos agrada!

O Sexo e a Cidade 2

Confesso que, até hoje, não consegui compreender muito bem, em quê os críticos de cinema se baseiam para avaliar um filme...
As críticas sobre o filme "O Sexo e a Cidade 2" que li, a grande maioria falava mal do filme. E falavam mal por quê? Provavelmente, porque as pessoas que as escreveram não sabem qual é a proposta do filme: quatro amigas, com carreiras de sucesso, com dinheiro no bolso, e que vivem os problemas sentimentais, como qualquer outra mulher, só que com muito mais dinheiro!
Se analisarmos este filme a partir desta premissa, eu diria que o filme é... Honesto! Ou seja, apresenta exactamente aquilo a que se propõe. Não dá para sair do cinema e se sentir enganada! A menos que você não saiba que o conteúdo que este tipo de filme se dispõe a apresentar e exactamente este!
Portanto, gostei muito! Diria até que gostei mais do que o primeiro, pois o cenário e o glamour deste consegue ser, consequentemente, mais diferente e ainda maior!
Para quem sabe aquilo que é, e está a disposto a ver, vale a pena conferir!

Isto é "quintuplamente" bom!



Escolher os melhores vídeos dos "Contemporâneos" não é uma tarefa nada fácil, pois todos eles são muito bons! Mas eu tentei colocar aqui aqueles que mais gostei! Os dois primeiros, penso que só aqueles que conhecem a realidade portuguesa irão entender. O terceiro é universal! O quarto é uma sátira a bossa nova no Brasil e o quinto é para fechar com chave de ouro!


Como é que eles conseguem fazer um vídeo de mais 5 minutos sobre NADA!? Isto é genial!