Quando páro para pensar que na época em que fiz a minha faculdade, não havia computadores (somente máquinas de escrever) e que na época em que trabalhei no jornal "Povo da Beira" não havia câmera fotográfica digital (elas ainda eram com "rolo"/ filme), sinto-me um tanto quanto "jurássica"!
Mas o pior, é que nem passaram tantos anos assim! Em 10 anos, os avanços tecnológicos foram demais! Quem nasce hoje, não conseguirá imaginar que existiu um mundo sem computadores, internet, telemóveis (celulares) e máquinas fotográficas digitais!
Mas apesar de na época em que trabalhei no "Povo da Beira" não haver tecnologia como há hoje, a minha maior dificuldade foi mesmo... a língua!
Primeiro, tinha uma dificuldade muito grande em perceber o que os entrevistados diziam... Se pensam que o português fala com uma pronúncia "esquisita", é porque ainda não conhecem o português que vive no interior de Portugal! Além de variar de região para região, há regiões em que não parece que a população fala português! Tive que ver muita televisão para poder compreender esta maneira de falar e, ainda assim, quando gravava uma entrevista, e a transcrevia, cometia erros crassos, devido a má compreensão. Depois, na hora de escrever, tinha outros problemas... Palavras escritas de forma diferente (como atualidade/ actualidade, ação/ acção), o gerúndio (que quase não se usa cá), enfim...
Penso que hoje escrevo mais como se escreve aqui, mas ainda tenho muito do português que aprendi no Brasil... É mesmo uma mistura!
Penso que hoje escrevo mais como se escreve aqui, mas ainda tenho muito do português que aprendi no Brasil... É mesmo uma mistura!
Então, naquela época, para facilitar a minha vida, resolvi criar um dicionário!
Não perca o próximo episódio e conheça algumas das palavras que compunham este meu dicionário!
(Imagem tirada da Internet)
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