Eu não sei se é tão prazeroso para as pessoas que lêem estes meus "posts", como é para mim, que os escrevo.
Mas como esta viagem representou um "divisor de águas" na minha vida, não me canso de recordar...
Acho que todas as pessoas deveriam ter uma experiência como esta... É impressionante o quanto aprendemos, crescemos e amadurecemos em tão poucos meses... Por isso, costumo dividir a minha vida em: "Antes da viagem à Europa" e "Depois da viagem à Europa".
Quando esta viagem chegou ao fim, além de estar com o meu italiano "afinadíssimo" (a ponto do taxista que me levou para o aeroporto pensar que eu era italiana), voltei com muito mais "medo" do avião cair... Ou seja, adquiri maturidade, e com ela muito mais "receios"... Na ida, nem me apercebi das turbulências... Na volta, voltei "agarrada" ao terço, e a cada turbulência, pedia à Deus para me dar mais uma oportunidade de rever a minha família...
Esta viagem aumentou muito mais a minha Fé e a minha crença em uma "Força Maior" (que muitos chamam de Deus), para além de me fazer sentir uma falta imensa da minha Família! Falta essa que só me fazia pensar:
- "Se fosse eu que tivesse me apaixonado por um italiano, não aguentaria viver longe da minha família... Ainda bem que foi a minha amiga que se apaixonou, e não eu!"
- "É muito bom viajar, mas melhor ainda é voltar para casa. É muito bom conhecer outros lugares para darmos valor ao Brasil, porque, para viver, não há lugar como o Brasil!"
Portanto, voltei para o Brasil 8 quilos mais magra e determinada a ficar por lá!
Fui recepcionada com uma "Faixa de Boas Vindas" e nunca vou esquecer que a minha irmã me disse que o meu cheiro não estava lá muito agradável... É impressionante como a gente se habitua ao mal cheiro! Eu não sentia nada! :)
Depois de tudo o que vivi, tinha muito mais força para "batalhar" pela minha estabilidade emocional e profissional no Brasil. Porém... passado algum tempo, o destino me trouxe de volta à Europa... O destino, o facto de ter achado que havia encontrado a minha estabilidade emocional, e a certeza de que, se eu continuasse a viver no Brasil, jamais conseguiria "cortar o cordão umbilical"...
(Foto tirada da Internet)
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